Chás podem diminuir o risco do Mal de Alzheimer

16h46 - 3 de abril de 2017

De acordo com a OMS, cerca de 47,5 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência no mundo. O consumo de chás pode reduzir o risco do declínio cognitivo em idosos, especialmente entre aqueles com risco genético para o Mal de Alzheimer.

De acordo com pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade de Singapura, o declínio do risco foi de 50 por cento com o consumo regular da bebida.

Graças ao alto nível de antioxidantes, o chá tem sido associado a riscos menores de diabetes, doenças cardíacas e câncer. Agora, os pesquisadores notaram melhoras cognitivas em pacientes que preferiam bebidas feitas a partir da infusão folhas, como chá verde, chá preto e o oolong – chá de origem chinesa muito semelhante aos anteriores.

De acordo Feng Lei, professor e coordenador do estudo, as propriedades benéficas podem estar relacionadas a substâncias como as teoflavinas, as catequinas, os teorubígenos e a L-teanina, comumente encontradas nos chás. Essas propriedades possuem potencial anti-inflamatório e antioxidante capaz de proteger o cérebro de danos vasculares e da neurodegenaração.

No estudo, foram comparadas pessoas que bebiam chás frequentemente com aquelas que raramente consumiam a bebida. Em comparação com os adultos que raramente bebiam chá, aqueles que o consumiam regularmente obtiveram 50 por cento menos risco de demência.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 47,5 milhões de pessoas vivem com demência no mundo. Há cerca de 7,7 milhões de novos casos da doença a cada ano. Em 2050, o número de pessoas que vivem com demência deve aumentar para 135,5 milhões.

Apesar dos resultados terem sido observados na China, os cientistas acreditam que o ele pode ser aplicado em outras populações e ter implicações importantes para a prevenção da demência. Por enquanto, eles planejam realizar mais pesquisas para compreender melhor os efeitos dos compostos bioativos do chá sobre a saúde.