
Hábitos que devíamos resgatar de nossos avós

Atualmente, são várias as receitas para ser fitness, mas costumes simples de antigamente são muitas vezes mais eficazes.
Nos dias atuais, são muitas as receitas infalíveis para manter o corpo e a mente saudáveis: alimentação equilibrada, prática de atividade física regular, uma boa noite de sono. Mas parece que nossos avós, mesmo sem esse bombardeio de informações para ser saudável, levavam a vida com mais saúde. Os hábitos podem ser o principal motivo.
Somente nos últimos 10 anos no Brasil, a taxa de obesidade cresceu 60 por cento, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no início deste ano. Atualmente, cerca de 20 por cento dos brasileiros precisam lidar com a obesidade e todas as consequências que o excesso de peso pode acarretar – como diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas não transmissíveis.
Diante de dados preocupantes, o especialista em emagrecimento Rodrigo Polesso, fundador do Código Emagrecer de Vez com formação em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego, listou alguns hábitos saudáveis que eram seguidos pelos nossos avós e que deveríamos resgatar do passado.
Hábitos de se alimentar com comida de verdade
Segundo o especialista, a humanidade moderna vive uma epidemia de síndrome metabólica causada pelo alto consumo de alimentos refinados, processados e modificados.
“Com o tempo, nos distanciamos de alimentos de verdade, como carnes, peixes, queijos, nozes, castanhas, folhas e legumes, que formavam a base da alimentação no passado. Atualmente, passamos a preencher nossos pratos com substâncias comestíveis”, explica.
Mais gorduras naturais, menos óleo vegetal
Outra mudança no hábito alimentar das últimas décadas está relacionada à troca do consumo de gorduras naturais por gorduras artificiais, como óleos vegetais e margarinas.
“Isso aconteceu por conta da falsa crença de que gordura animal estava colaborando para o aumento de problemas cardíaco, mas já foi desmitificado há tempos. No entanto, governos e muitos profissionais continuam a disseminar a falsa ideia de que óleos pró-inflamatórios são mais saudáveis simplesmente por não conterem gordura animal e pouco colesterol”, afirma Polesso.
Mais probióticos, menos conservantes
Com a mania de limpeza, a flora intestinal das pessoas sofre com a perda da diversidade. Segundo o especialista, hoje os intestinos são menos saudáveis e têm menos diversidade de bactérias do que os intestinos das populações mais antigas.
“Nossos avós tinham contato com a terra – fonte de probióticos, ou seja, boas bactérias – e comidas fermentadas, as quais auxiliavam na manutenção da saúde da flora intestinal, que está associada à força do nosso sistema imunológico e várias doenças e condições”, afirma.
Mais nutrientes, menos química
“Alimentos sem agrotóxicos, além de serem mais nutritivos, contêm um completo conjunto de vitaminas e minerais benéficos à saúde”, explica o especialista.
Menos sedentarismo, mais movimentação
Nossos avós tendiam a se movimentar mais no dia a dia. Segundo Polesso, o simples fato de andarmos mais, subirmos escadas, irmos de bicicleta até a casa dos amigos pode gerar efeitos positivos a longo prazo.
Mais interação humana
Com a tecnologia e fácil comunicação, as pessoas estão perdendo o contato humano que sempre foi parte do dia a dia antigamente. É comprovado que interações sociais são necessárias e positivas para se manter uma boa saúde física e mental.
“Nossos avós interagiam mais, reuniões na casa dos vizinhos mantinham todos animados e eram práticas comuns, por exemplo. Apesar do maior conforto e comodidade do mundo de hoje, nunca o ser humano esteve tão estressado, com tantas pressões diferentes e tão pouca interação humana”, explica.
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